HISTÓRIA DE IBIAÇÁ Voltar

Todas as terras que hoje fazem parte do município de Ibiaçá eram de propriedade única de Dona Constança Augusta Bueno de Oliveira. Dona Constança vendeu uma área aproximada de 440 colônias de suas terras para Filomeno Pereira Gomes, Nova Fiúme - 1920que revendia em pequenas áreas e passava escrituras públicas a quem as comprava. As famílias se instalaram na localidade e formaram, então, a pequena vila denominada Vila Nova Fiúme, - nome escolhido para recordar a Itália, Pátria Mãe dos primeiros imigrantes e cuja topografia se assemelhava.  

Os primeiros colonizadores eram italianos e chegaram em 1916, mas segundo informações, três moradores caboclos, de origem africana, já ocupavam o lugar. A família de Valentim Dalzotto chegou em Nova Fiúme no ano de 1921 e, em 1923, montou a primeira serraria para aproveitar os pinheiros e facilitar a construção das casas. Além desta, vieram outras 26 famílias, o que aumentou visivelmente a povoação que começava a crescer. Como todas as famílias eram católicas, em junho de 1924 construíram a primeira capela, atendida pelo pároco de Sananduva, Pe Geraldo de Gruffi. Este a consagrou de Santa Filomena, em homenagem a Filomeno Pereira Gomes, proprietário das terras e doador do terreno. Com o crescimento do povoado, algumas demandas precisavam ser atendidas e, naquele mesmo ano, foram instalados um moinho, uma ferraria, um hotel e uma casa de negócios. Para ligar Nova Fiúme a Sede Teixeira, atual município de Tapejara, uma estrada foi traçada até o Rio Apuaê (Ligeiro) pelos novafiumenses e, do Rio até a sede Teixeira, pelos moradores daquela localidade.

Em janeiro de 1948, por Decreto de Dom Cândido Maria Bampi, na época Bispo da Diocese de Vacaria, Nova Fiúme passou à categoria de Paróquia, sendo nomeado seu primeiro pároco Pe Luiz Marino Lovatel. No dia 05 de maio de 1948, pela Lei Municipal 59/1948, Nova Fiúme tornou-se distrito, sendo o 12º de Lagoa Vermelha Nova Fiúme - 1920
e passou a ser chamado de Ibiaçá que, no dialeto indígena, significa Fonte de Águas Cristalinas.


Ao tomar posse como Vigário, em 10 de fevereiro de 1952, o pe Narciso Zanatta logo introduziu aqui a devoção a Nossa Senhora Consoladora, que se desenvolveu rapidamente e transformou a modesta igreja em um grande Santuário Mariano. Essa projeção religiosa tem relação direta no desenvolvimento social e econômico do município, pois recebe devotos durante todo o ano, em especial na Romaria à Nossa Senhora Consoladora, realizada anualmente e que acolhe cerca de 100 mil romeiros. 

Com a emancipação de Sananduva, em dezembro de 1954, Ibiaçá deixa de pertencer a Lagoa Vermelha e passa a ser o 2º Distrito de Sananduva. Em maio de de 1965 a Comissão de Constituição e Justiça autoriza a consulta plebiscitária para a formação do Município de Ibiaçá. Através da Lei Estadual nº 5102, em 22 de novembro de 1965, emancipa-se o Município de Ibiaçá. O governo da União nomeou o senhor José Antônio Pellin como Interventor Federal de Ibiaçá, empossado em 15 de maio de 1966.
Nova Fiúme - 1920

Lei Estadual nº 5102

 

 

 

 

 

Dados Gerais

A População Total do Município era de 4.710 habitantes, de acordo com o Censo Demográfico do IBGE (2010). Sua Área de unidade territorial é de 348,816 km². Densidade Demográfica 13,50 hab/km². 

E segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano/PNUD, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Ibiaçá é 0,739, em 2010. O município está situado na faixa de Desenvolvimento Humano Alto (IDHM entre 0,700 e 0,799). Entre 2000 e 2010, a dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de 0,113), seguida por Longevidade e por Renda. Entre 1991 e 2000, a dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de 0,223), seguida por Renda e por Longevidade.

Ano de Instalação: 1965

Microrregião: Sananduva

Mesorregião: Noroeste Rio-Grandense

Altitude da Sede: 620m

Distância à Capital: 307Km

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - Censo Demográfico 2010. 

Atlas de Desenvolvimento Humano/PNUD.

Demografia

As informações populacionais foram baseadas nos censos demográficos realizados pelo IBGE (www.ibge.gov.br) nos anos de 1970, 1980, 1991 e 2000. Além disso, também é possível encontrar as estimativas dos anos de 2001, 2002 e 2003, somente para os municípios. A metodologia utilizada pelo IBGE em relação à população residente total, por sexo e situação de domicílio é referente aos moradores habituais em cada residência. O recenseamento dos moradores habituais do domicílio que estavam ausentes na data de referência é apresentado respeitando a presença inferior a 12 meses na residência em relação à data em que foi feito o recenseamento. 

Já o cálculo para a Estimativa Populacional respeita uma série de equações estatística desenvolvidas pelo IBGE na década de 90 dispostas abaixo 

Metodologia adotada nas estimativas populacionais municipais: 

O modelo adotado para estimar os contingentes populacionais dos municípios brasileiros emprega metodologia desenvolvida pelos demógrafos Madeira e Simões, onde se observa a tendência de crescimento populacional do município, entre 2 Censos Demográficos consecutivos, em relação à mesma tendência de uma área geográfica hierarquicamente superior (área maior). 

O método requer a existência de uma projeção populacional, que leve em consideração a evolução das componentes demográficas (fecundidade, mortalidade e migração), para uma área maior que o município, quer dizer, para a Unidade da Federação, Grande Região ou País. Desta forma, o modelo matemático desenvolvido estaria atrelado à dinâmica demográfica da área maior. 

Em síntese, o que a metodologia preconiza é que: 

Se a tendência de crescimento populacional do município entre os Censos for positiva, a estimativa populacional será maior que a verificada no último levantamento censitário; caso contrário, a estimativa apontará valor inferior ao último Censo.Fonte: IBGE (www.ibge.gov.br) 

Para saber mais sobre a Metodologia de Estimativa Polulacionais do IBGE clique aqui.