Missa de Ação de Graças celebra os 52 anos de Ibiaçá

Publicado em 23/11/2017, Por Assessoria de Imprensa

O município de Ibiaçá completou 52 anos de emancipação político-administrativa nesta quarta-feira, 22. Para celebrar esta data especial foi realizado na paróquia Nossa Senhora Consoladora a missa de Ação de Graças.

A liturgia foi preparada especialmente para o ato festivo e coordenada pelos padres Edson Priamo e Ilírio Guadagnin. O prefeito Claudiomiro Fracasso e o vice-prefeito Angelo Golin levaram até o altar os símbolos oficiais do município, bandeira e brasão. O coral da terceira idade, Idade Feliz, entoou os hinos de louvores e agradecimento durante a celebração.

O momento foi de agradecimento e pedidos conforme ressalta o prefeito Claudiomiro. “Foi um momento de reflexão, agradecemos por tudo aquilo que foi conquistado e pedimos bênçãos para que possamos continuar no caminho do desenvolvimento e da fé”, relata o prefeito.

Histórico

Todas as terras que hoje fazem parte do município de Ibiaçá eram de propriedade única de Dona Constança Augusta Bueno de Oliveira. Dona Constança vendeu uma área aproximada de 440 colônias de suas terras para Filomeno Pereira Gomes, que revendia em pequenas áreas e passava escrituras públicas a quem as comprava. As famílias se instalaram na localidade e formaram, então, a pequena vila denominada Vila Nova Fiúme, - nome escolhido para recordar a Itália, Pátria Mãe dos primeiros imigrantes e cuja topografia se assemelhava. 

Os primeiros colonizadores eram italianos e chegaram em 1916, mas segundo informações, três moradores caboclos, de origem africana, já ocupavam o lugar. A família de Valentim Dalzotto chegou em Nova Fiúme no ano de 1921 e, em 1923, montou a primeira serraria para aproveitar os pinheiros e facilitar a construção das casas. Além desta, vieram outras 26 famílias, o que aumentou visivelmente a povoação que começava a crescer. Como todas as famílias eram católicas, em junho de 1924 construíram a primeira capela, atendida pelo pároco de Sananduva, Pe Geraldo de Gruffi. Este a consagrou de Santa Filomena, em homenagem a Filomeno Pereira Gomes, proprietário das terras e doador do terreno. Com o crescimento do povoado, algumas demandas precisavam ser atendidas e, naquele mesmo ano, foram instalados um moinho, uma ferraria, um hotel e uma casa de negócios. Para ligar Nova Fiúme a Sede Teixeira, atual município de Tapejara, uma estrada foi traçada até o Rio Apuaê (Ligeiro) pelos novafiumenses e, do Rio até a sede Teixeira, pelos moradores daquela localidade.

Em janeiro de 1948, por Decreto de Dom Cândido Maria Bampi, na época Bispo da Diocese de Vacaria, Nova Fiúme passou à categoria de Paróquia, sendo nomeado seu primeiro pároco Pe Luiz Marino Lovatel. No dia 05 de maio de 1948, pela Lei Municipal 59/1948, Nova Fiúme tornou-se distrito, sendo o 12º de Lagoa Vermelha e passou a ser chamado de Ibiaçá que, no dialeto indígena, significa Fonte de Águas Cristalinas. Ao tomar posse como Vigário, em 10 de fevereiro de 1952, o pe Narciso Zanatta logo introduziu aqui a devoção a Nossa Senhora Consoladora, que se desenvolveu rapidamente e transformou a modesta igreja em um grande Santuário Mariano. Essa projeção religiosa tem relação direta no desenvolvimento social e econômico do município, pois recebe devotos durante todo o ano, em especial na Romaria à Nossa Senhora Consoladora, realizada anualmente e que acolhe cerca de 100 mil romeiros. 

Com a emancipação de Sananduva, em dezembro de 1954, Ibiaçá deixa de pertencer a Lagoa Vermelha e passa a ser o 2º Distrito de Sananduva. Em maio de de 1965 a Comissão de Constituição e Justiça autoriza a consulta plebiscitária para a formação do Município de Ibiaçá. Através da Lei Estadual nº 5102, em 22 de novembro de 1965, emancipa-se o Município de Ibiaçá. O governo da União nomeou o senhor José Antônio Pellin como Interventor Federal de Ibiaçá, empossado em 15 de maio de 1966.